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sábado, 28 de janeiro de 2012

Reciclagem como oportunidade

   
    Atualmente, os resíduos sólidos representam um grande desafio para a sustentabilidade. E esta temática para Prof. Dr. Pedro Jacobi é a que melhor exemplifica a possibilidade de formulação de políticas públicas que possam impulsionar mudanças de comportamentos,  hábitos e atitudes individuais com a finalidade de prevenir e minimizar a degradação ambiental, já que as pessoas representam uma parcela importante da cadeia de produção. Entretanto as ações governamentais são tímidas e tanto que só recentemente foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010).
    Neste sentido, a reciclagem surge como uma das maneiras possíveis e eficazes para ajudar a reduzir a quantidade de resíduos descartados diariamente. Pois a reciclagem trata-se de um “processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos”. Assim estes resíduos que antes eram destinados a aterros sanitários, aterros controlados e lixões, adquirem uma nova possibilidade de reutilização. Tão logo, os cidadãos não devem esperar somente a ação governamental, mas sim devem participar ativamente desta cadeia de reciclagem, pois o inicio do tratamento (reciclagem) é a coleta seletiva, isto é, a separação de materiais recicláveis de materiais orgânicos, principalmente.
    Mesmo assim, para que haja o envolvimento das pessoas e torná-las ciente de sua responsabilidade ambiental, são necessários programas de educação ambiental e de comunicação a respeito da questão dos resíduos sólidos, fazendo com que elas compreendam toda a cadeia de reciclagem, tal como além da coleta seletiva, as possibilidades de destinação e possíveis produtos reciclados que estes materiais podem se tornar.
    Para maiores informações sobre possível destinação ou Postos de Entrega Voluntária (PEV) de materiais recicláveis e de outros resíduos, consulte o sites:
- Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE): www.cempre.org.br
- Instituto GEA: www.institutogea.org.br
- O mapa da reciclagem do seu lixo eletrônico: www.e-lixo.org


Dayane Mendonça de Almeida
Graduanda em Gestão Ambiental (EACH-USP)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Participação política

Todas as vezes que pensamos em “participação política” nos vêem à mente em quem vamos votar ou simplesmente proferimos o jargão predileto da maioria: política é um lixo assim como todos os políticos. Então, voto nulo, porque não voto em ladrões!
Agora a questão “participação política” se torna mais reflexiva quando o tema é abordado em processos seletivos, como no domingo dia 08/01, onde os candidatos participantes tiveram que usar da argumentação sobre o tema dizendo se participação política é algo indispensável ou superado.
Se fizermos uma breve análise das participações políticas em nosso país podemos verificar que a mesma é limitada a certos grupos ou teve pequenos movimentos dentro de um contexto de revolta ou indignação. E que ao longo dos anos ela, a participação, tornou-se algo literalmente mecânico, onde, apertamos alguns botões e outro confirmando nossa “participação”.
Agora, qual o impacto dessa participação para o país e para a nação?
O impacto que temos é o já descrito acima; frases feitas, votos passados de geração para geração, como se o voto já tivesse codificado um gene e tornou-se biológico, como o gene: “do rouba, mas faz”, alienação, descaso entre outros adjetivos, mas e o fruto dessa participação? São os frutos que comemos e não digerimos como: má educação, saneamento básico, postos e hospitais sem vagas e com péssimo atendimento, moradia inadequada, transportes caros e insuficientes, desmatamento, não tratamento adequado de resíduos e por ai vai a longa lista do processo de nossa “participação política”, participação essa que sempre tem hora, data e local marcado.
Irônico, existe uma frase que diz: o povo tem a política que merece. Então temos os políticos que merecemos? Se partirmos dessa premissa, sim!
O que nos falta é o sentimento de participação, envolvimento e mobilização. É saber que pertencemos há um espaço e que de fato ele precisa ser ocupado, e os espaços não são mais as ruas, mas sim as câmaras de vereadores, de deputados, o senado esses são os espaços públicos onde devemos participar e essa participação é política porque essa palavra abarca uma ideologia, que por sua vez, define que país nós queremos, se é o país da participação política pífia ou a participação realmente transformadora que atende as necessidades das pessoas, que elaboram leis válidas e que serão de fato executadas.
Entre uma participação e outra existe uma grande diferença, qual? A diferença das nossas decisões. Iremos participar ou apertar botões?
“POLITIZE-SE OU SUBMETA-SE”


Priscila Marques Ribas, Bióloga.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um breve contraponto acerca do Funk

Basta gastar algum tempo em uma rede social para rapidamente presenciar ataques e gozações acerca do ritmo e da cultura do funk. Espera aí, cultura? Desde quando funk é cultura? Muitos, contrários ao funk podem perguntar. Mas sim, por mais estranho que isso possa parecer, funk é cultura, pois é uma criação social humana, como a própria definição da palavra cultura prevê. Provavelmente não a mais genial musical e artisticamente falando. Nem tão pouco transmissora de valores tradicionais aos quais a sociedade moderna aprendeu a se pautar. Mas ainda assim é cultura. A meu ver, subproduto de valores da chamada globalização. Valores que pregam o consumismo e o imediatismo da satisfação dos prazeres e desejos humanos.
Só que aqui, chegamos a um ponto crucial; os valores consumistas e imediatistas da globalização, não chega igual para todos, pois ele pode ser caro em sua plenitude. Para as classes mais pobres, o modo de vida globalizado é oferecido, ou melhor, “jogado em sua cara” constantemente pela mídia, através de anúncios de bens e produtos que “devem” consumir para serem felizes. Já que não podem consumir tais bens e sonhos, acredito que tais camadas sociais se adaptaram ao seu modo, para também serem felizes com as migalhas que o governo e a globalização lhes oferecem. Creio que uma dessas adaptações seja o funk, que afastado de suas raízes de décadas anteriores, reflete o imediatismo da cultura global, pregando na maioria de suas letras e batidas, a sensualidade, o sexo fácil e muitas vezes a apologia ao crime para a obtenção de bens. Já parou para pensar, que aquele irritante jovem que insiste em ouvir na “viva-voz” de seu aparelho, o seu funk, dentro de um coletivo, esteja querendo mostrar que pôde comprar o tal aparelho, (consumismo) e que também possui uma identidade (cuja qual não vê refletida na mídia)?
Enfim, não gosto de funk, mas também não concordo com criticas e gozações infundadas, baseadas pura e simplesmente no senso comum e na covardia do preconceito cibernético. Uma brincadeira ou outra é natural e até saudável, mas excessos, podem ser sinais do nascimento de uma sociedade cada vez mais intolerante e preconceituosa que prefere focar suas criticas nos sintomas e não nas reais causas do problema, que estão com certeza em esferas bem maiores.


Renato Campos

domingo, 15 de janeiro de 2012

SÃO PAULO

SÃO PAULO, A CIDADE QUE TEM ALMA!
QUE NUNCA PARA, NEM SE ACALMA!
QUE ENFRENTOU VARGAS E SUAS TROPAS OPRESSORAS!
A CIDADE DA MODERNIDADE E DAS MÃOS TRABALHADORAS,
A CIDADE DA FORTE ECONOMIA, DE LINDAS PAISAGENS E MUNDIAL GASTRONOMIA, A CIDADE QUE VIAJOU DO BONDE AO METRÔ, DAS SACAS DE CAFÉ AO IMENSO PARQUE INDUSTRIAL, DA VILA À CIDADE DE GRANDE POTENCIAL, A CIDADE DOS MONUMENTOS TOMBADOS, DOS AMANTES E DOS APAIXONDOS, POR TI ME DECLARO ENCANTADO.

Jornal, A Voz da Comunidade. edição 58. Ano IV-Zona Leste, janeiro 2012

WWW.ricardobaba.com.br
RICARDO HIDEMI BABA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS PÚBLICA

IDEOLOGIA:
Os ideólogos, para justificar o novo modelo de formação escolar articulam alguns conceitos que por si só dispensa as atuais argumentações conceituais. Por exemplo: novas linguagens, currículos interdisciplinares; a adequação de diferentes disciplinas em comum acordo entre diferentes professores e outros novos conceitos que não passam de uma arquitetura conceitual que nada esclarece, mas confunde tanto os docentes quanto os discentes. Toda essa arquitetura foi criada e é defendida por diferentes “educadores” para mascarar a verdadeira realidade da educação básica das escolas públicas brasileiras.
EDUCAÇÃO FORMAL:
O próprio conceito tradicional, formal, está claro, formalidades, além das informalidades, do corriqueiro, do dia a dia; isto é educação escolar. Isto por si só se basta, está dito: ‘novas linguagens’. E quais são essas novas linguagens? A da matemática, da física, da linguagem formal brasileira, história, geografia, filosofia etc. Logo, não há necessidade dos professores estarem preocupados se o colega está ou não ensinando a sua disciplina, não há como ser diferente, cada professor cumpre o seu papel naturalmente, e o aluno está naturalmente aprendendo novas linguagens além das linguagens informais que aprendemos todos os dias fora dos espaços escolares. Então, percebe-se, que esse papo de novas linguagens são apenas argumentações falaciosas para mascarar a deseducação que o Estado está impondo à sociedade trabalhadora brasileira. Digo mais, esse Estado é o escravocrata do século XVI, do Brasil colônia que escraviza a maioria em benefício da minoria dominadora.
LINGUAGEM INFORMAL:
Esta linguagem, a informal, aprendemos fora da escola, em nossa casa, nas oficinas, nas fábricas, nos morros, nos becos, nos bares, na igreja e são essas gírias correspondentes a esses espaços que enriquece a nossa língua mãe. Ambas são necessárias e não são excludentes.
PROGRESSÃO CONTINUADA:
Ou, aprovação automática é a ideologia educacional, ou melhor, deseducação imposta pelos políticos para manter nosso país com o status de Brasil colônia, pois somente assim, pensão os políticos, irão coibir a conscientização política do povo brasileiro. Os políticos brasileiros descendem dos imigrantes escravocratas que vieram para o Brasil no século XVI e XVII. Logo, vieram para cá explorar essas terras escravizando e matando os nativos índios que habitavam as Américas. O meio atual que eles têm para manter esse status é essa educação falaciosa que cria serviçais e não intelectuais. Soma-se a isso, a desvalorização dos professores que os atuais governos de diferentes estados fazem questão de impor-nos. Pior é a situação dos mestres que são contratados no regime CLT que não recebem seus direitos trabalhistas quando terminam seus contratos. É frustrante perceber que aqueles que deviam cumprir as leis, vivem à margem delas, logo, são marginais, não cumprem a constituição de nosso país quando não depositam nosso FGTS, negando-nos esse direito e consequentemente o direito ao seguro desemprego.
CONSCIÊNCIA POLÍTICA:
Caros estudantes da rede pública e brasileiros trabalhadores deste país, não ignorem a política, quando fazemos isso estamos ignorando a nossa própria realidade, descartando-nos como cidadãos sábios, nos submetendo à escravidão contínua, eterna, e é isso que eles querem que os ignoremos apesar da corrupção política. Este ano, 2012, é ano de eleições municipais e é bom ficarmos atentos a quem vamos eleger para administrar nossa cidade.
SÃO PAULO:
A maior cidade mundial do Brasil faz bem analisarmos quem está no poder e quem o pretende a partir de 2013. O governador Geraldo Alckmin e o prefeito Kassab descendem de uma mesma comunidade de imigrantes que sempre buscam o poder em todo o mundo, apesar de governarem estâncias diferentes são aliados étnicos. O candidato do PT, Fernando Haddad, ex-ministro da educação é também da mesma comunidade e o trio estão buscando alianças entre eles e nenhum deles faz críticas o governo do irmão. O Chalita, ex-secretário da educação para o estado de São Paulo, atual deputado federal, candidato do PMDB descende também dos imigrantes escravocratas. Todos esses que estão no poder e os que o querem estiveram lá e nada fizeram para melhorar nossa educação e são todos “educadores”, formados e doutorados em filosofia, pelo contrário, são eles os criadores dessa maldita ideologia e a querem manter para dominar o país em benefício de suas comunidades em detrimento da evolução social dos filhos da miscigenação, os brasileiros que precisam ser mão de obra barata para eles. Somando-se à progressão continuada, a atual ideologia educacional bonifica os professores que aprovam seus alunos sem o devido conhecimento necessário com o apoio das gestões escolares, é uma barbárie.
Caríssimos estudantes, pais e professores: quem não se politiza, submete-se.

Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A DESTRUTIVA ARMADILHA DA IGNORÂNCIA

Junto com o crescimento da sociedade brasileira a partir dos séculos XVII e XVIII, cresceram também os mecanismos criados pelas elites para excluírem a população comum dos centros das decisões e acontecimentos do país. No Brasil imperial, revoltas populares surgiram, mas foram sufocadas pelo governo através da violência. Porém, a população crescia e a repressão física ficaria cara e cada vez menos eficiente. Descobriram então que concedendo alguns direitos, gradativamente, a população se acalmaria. Vinham então as constituições, que concediam a passos de formiga, direitos como o do voto e trabalhistas. A sociedade brasileira aprendia assim, a viver de migalhas, a se acostumar com a injustiça e a ver a política como algo distante e um privilégio de poucos. O golpe final e mais alienante foi sem dúvida o uso da industria do entretenimento e do consumismo, por parte das elites, que seguindo a velha lógica do “pão e circo”, empregada pelos romanos no inicio da era cristã, tem distraído a atenção da sociedade com futilidades e valores distorcidos, enquanto essa é saqueada brutalmente por corruptos de diversos seguimentos, em especial por políticos.
Enfim, a armadilha da ignorância já foi jogada a muito tempo em nós brasileiros. E isso está tão enraizado em nossa cultura, que mesmo hoje com maior liberdade de expressão e com um sistema democrático mais consolidado, nos acostumamos com o “mau feito” (como diz nossa ilustríssima presidente Dilma Roussef) e ignoramos a política. As nações cujo seus cidadãos ignoram a política e a deixa nas mãos de qualquer um, estão eminentemente fadadas ao fracasso.

Renato Campos

Pedagogo e Professor de História